Há mais de 20 anos que não ia a um lar de idosos. Nessa altura, a paciência e a doçura com que a minha Avó esperava... transtornavam-me. Nunca teve uma palavra de azedume.
Nos últimos meses, tive oportunidade de visitar duas pessoas em lares diferentes. Ambos me pareceram ter boas condições. Num, encontrei uma velha na cadeira de rodas, anónima, de punhos fechados, escondida no seu mundo.
O outro, fez-me lembrar uma grande casa de familia. Com luz, barulho, gente viva. Velhos e velhas que vão ocupando os seus dias com malandrice e avé marias. Um dia de cada vez.
Acabei por fazer este esboço na agenda.
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