quinta-feira, 8 de julho de 2010

Lembrar alguém sem poder mudar

Mais do que tristeza, era raiva aquilo que sentia quando avancei com estes rabiscos. Faz agora dois anos. Alguém que aparentava força, bruscamente deixou-se apanhar pelo vazio. Tentando dirfarçar o turbilhão de questões que me afligiam, fui-me refugiando em alguns pobres desenhos encobertos por palavras. 

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Casa de cartão

No meu caminho de todos os dias para o local de trabalho, passo junto a esta construção feita de cartões. Faz mais de um ano que se mantém intacta. Tem uma entrada, está apoiada a uma parede e uma porta de um prédio de construção recente, mas abandonado. Está totalmente abrigada da chuva. Os cartões são sustentados por calhaus. O arquitecto é possivelmente o morador, que, encontrei apenas duas vezes. Trata-se de um homem que fala alto consigo mesmo. Fico sempre triste ao ver gente sem saída. O meu apoio nestes casos é quase nulo e admiro todos aqueles que dedicam muito do seu tempo a ajudar gente que vive em casas de cartão. 













Fotografia sem personagens.